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Re-valve-in-valve mitral – Um relato de dois casos

Matheus Ramos Dal Piaz, Lucas Tachotti Pires, Jonathan Cayo Urdiales Herrera, Guilherme Sobreira Spina, Flávio Tarasoutchi, Felipe Reale Cividanes, José Honório da Almeida Palma da Fonseca
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

 

Introdução: As doenças da valva mitral são comuns, sendo a cirurgia a opção terapêutica mais indicada. A necessidade de intervenções menos invasivas levou ao desenvolvimento do implante valvar transcateter nos pacientes de alto risco. Entretanto, o tratamento das disfunções de tais endopróteses mitrais ainda tem poucas informações na literatura. 

 

Relato de Casos: 

 

Caso 01: Paciente de 76 anos, sexo feminino, submetida a troca valvar mitral por prótese biológica em 2012 (Inovare, Braile®, número 29) devido a insuficiência mitral por prolapso de valva mitral. Em 2021, após estenose da prótese biológica, realizou Valve-in-Valve (ViV) com implante de prótese biológica (Inovare, Braile®, número 26) por via transapical. Dez meses após, foi admitida com dispneia limitante, sinais de insuficiência cardíaca e anemia hemolítica. A ecocardiografia mostrou deslocamento da endoprótese mitral em direção ao átrio esquerdo, gerando insuficiência periprotética importante. Como mantinha alto risco cirúrgico (Euroscore 16,68%), foi optado pelo implante de nova endoprótese (Inovare, Braile®, número 28) por via transapical (re-ViV), realizado sem intercorrências.

 

Caso 02: Paciente de 69 anos, sexo feminino, com antecedente de três cirurgias valvares mitrais prévias devido a valvopatia reumática: em 1995, troca valvar por prótese mecânica; em 1999, troca da prótese mecânica por prótese biológica; e em 2013, devido ao alto risco cirúrgico e às condições clínicas desfavoráveis, realização de ViV mitral (prótese Inovare, Braile®, número 26). Em 2019, evoluiu com disfunção da endoprótese, gerando dispneia limitante e congestão pulmonar. A ecocardiografia mostrou endoprótese mitral sem mobilidade dos folhetos anterolateral e posterior, com gradientes mitrais máximo e médio de 23mmHg e 12mmHg, respectivamente. Após discussão no Heart Team, devido a risco cirúrgico elevado (Euroscore II 5,49%) e fragilidade, foi optado pela realização de re-ViV transapical (endoprótese Inovare, Braile®, número 24), realizado sem intercorrências.

 

Conclusão: Embora haja dados favoráveis ao ViV mitral, o re-ViV ainda encontra respaldo apenas em relatos de casos. Épossível que em pacientes de risco elevado haja maior benefício do re-ViV, quando comparado à estratégia cirúrgica. Entretanto, é imperativo que tal hipótese seja mais bem avaliada em estudos futuros.

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