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Melhora na Capacidade Cardiorrespiratória ao Longo de 10 Anos em Pacientes com Doença Arterial Coronariana que Participam de Um Programa de Reabilitação Cardíaca Baseada em Exercício

Mayara Alves dos Santos, Eduardo Rondon, Daniela Regina Agostinho, Maria Janieire NN Alves, Patrícia Oliveira, Luciano Basso, Carlos E Negrão, Maria Urbana P. B. Rondon
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL, ESC. DE ED. FÍSICA E ESPORTE USP - SP - SP - BR

Introdução: A doença arterial coronariana (DAC) é considerada a principal causa de morte. Por outro lado, a reabilitação cardíaca baseada em exercício (RCBE) é uma importante ferramenta terapêutica no tratamento da DAC. Os benefícios da RCBE a curto e médio prazo são consistentemente demonstrados. Essa intervenção não farmacológica aumenta o consumo máximo de oxigênio (VO2max), e tem sido associada à melhora do prognóstico destes pacientes. No entanto, não se sabe ao certo se, a longo prazo, o aumento do VO2máx pode se manter, tendo em vista o declínio da aptidão cardiorrespiratória com o envelhecimento. O objetivo deste estudo é avaliar o comportamento do VO2max, em pacientes com DAC, ao longo de 10 anos de participação em um programa supervisionado de RCBE. Métodos: Foram analisados, retrospectivamente, prontuários de pacientes com diagnóstico de DAC que participaram de um Programa de RCBE no Instituto do Coração HCFMUSP. O VO2max foi estimado durante um teste de esforço progressivo máximo (American College of Sports Medicine) ou medido durante um teste cardiopulmonar (ergoespirometria). A RCBE consistiu em treinamento aeróbio de intensidade moderada, 2-3 vezes/sem. Para análise estatística longitudinal foi utilizado o modelo misto generalizado. O teste t de Student foi utilizado para a análise de subgrupos, após 1, 3, 5 e 10 anos de participação no Programa de RCBE. Resultados: A amostra total foi composta por 150 pacientes com DAC que participaram de um Programa de RCBE desde 2000. A análise longitudinal demonstrou que o aumento no VO2max estimado alcançado aos 3 meses de RCBE (32,2±1,0 vs. 34,6±1,0 mL.kg-1.min-1; n=150; p=0,013) se manteve até 10 anos de participação na RCBE (34,6±1,0 vs. 34,9±1,2 mL.kg-1.min-1; n=150; p=1,000). Em relação ao VO2max medido diretamente, foram observados aumentos significativos nos subgrupos até 1 ano (23,7±1,2 vs. 26,6±1,1 mL.kg-1.min-1; n=36; p<0,001), 3 anos (23,2±0,9 vs. 27,0±0,9 mL.kg-1.min-1; n=30; p< 0,001) e 5 anos (22,1±0,8 vs. 27,4±1,3 mL.kg-1.min-1; n=17; p< 0,001) de participação na RCBE. Conclusão: A melhora na capacidade cardiorrespiratória em pacientes com DAC, alcançada nos primeiros 3 meses de participação no Programa de RCBE se mantém ao longo de 10 anos de participação no Programa.

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