Introdução: Segundo Brazillian Journal of Nephrology, todo hipertenso deve ser submetido a exames para averiguar a presença de lesão renal e estimar o nível de função renal a cada ano, devido a maior probabilidade de desenvolver a doença renal terminal (DRT). Dentre as patologias causadas pela hipertensão arterial sistêmica (HAS), a doença renal hiperteniva, chamada de nefroesclerose, é a segunda principal causa de DRT, dividida em 2 tipos. A nefroesclerose benigna está associada com o grau e duração da HAS, sendo essa geralmente não complicada e menos agressiva. Já a nefroesclerose maligna é causada por um quadro de HAS grave, resultando em lesão renal de alto grau, com áreas de necrose, hemorragia e edema glomerular correlacionando com o surgimento de insuficiência renal. Destarte, devido às consequências da doença, esse trabalho tem como objetivo o análise de óbitos por doença renal hipertensiva ocorridos no município de SP, a fim de identificar o perfil dos grupos mais afetados e, com isso, reforçar o diagnóstico precoce da nefroesclerose para evitar DRT. Métodos: O estudo trata-se de uma análise epidemiológica, descritiva, transversal e retrospectiva. Os dados foram coletados do banco informativo de saúde do DATASUS (TABNET) do ano de 2019 à 2 de fevereiro de 2023, referente ao número de óbitos por ano, cor, sexo e faixa etária ocorridos no município de SP. Resultados: No ano de 2019 a 2023 foram observados 1039 óbitos por doença renal hipertensiva, sendo em 2019, 238 (22,90%), já no ano 2020, 271 (26,08%). Em 2021 obteve-se o maior número, 310 (29,83%), e no ano de 2022, 218 (20,98%), e 2 (0,19%) em 2023; Considerando a totalidade, houve apenas 1 morte em menores de 1 ano (0,096%), entre 15-34 anos 9 (0,86%), entre 35-44 anos 35 (3,36%), entre 45-54 anos 79 (7,60%), 55-64 anos 178 (17,13%) e acima de 65 anos 737 (70,93%). Quanto ao sexo, femino foram 487 (46,87%) e masculino 552 (53,12%); 620 (59,67%) de cor branca, 135 (12,99%) de cor preta, 29 (2,79%) de cor amarela, 241(23,19%) de cor parda, e 14 (1,34%) óbitos onde a cor não foi informada.Conclusão: Visto isto, a taxa de óbito em 2021 foi maior do que nos outros anos, coincidentemente no ano em que a Organização Mundial de Saúde proferiu que cerca de 580 milhões de pessoas com HAS desconheciam sua condição. Quando considerada a idade, o maior número de casos ocorreu em maiores de 65 anos, visto isso, o envelhecimento se relaciona como fator preditor de mau prognóstico. Além disso, houve maior prevalência no sexo masculino do que feminino, e maior número de casos em pessoas de cor branca.