Doenças cardiovasculares elevam o risco do desenvolvimento de comprometimento cognitivo leve (CCL). Mulheres no climatério podem estar particularmente expostas a esse risco, uma vez que este período também está associado com o CCL. O exercício físico (EF), por sua vez, induz modificações morfofuncionais que podem minimizar o declínio cognitivo fisiológico, podendo ser uma ferramenta importante para a manutenção da função cognitiva desta população. O objetivo deste trabalho foi verificar se existe correlação entre a circunferência da cintura (CC) como indicador de risco vascular, a capacidade física e o desempenho no exame cognitivo de Addenbrooke versão revisada (ACE-R), em mulheres de 40-65 anos residentes na cidade de Batatais. A CC foi mensurada com uma fita métrica inextensível, a capacidade física foi avaliada através do teste de caminhada de 6 minutos (TC6M) e o desempenho no ACE-R foi avaliado através do logaritmo da chance de comprometimento cognitivo leve (LogCCL). Foi calculada a correlação de Pearson entre os valores da CC, o TC6M e o LogCCL. A amostra foi composta por 18 mulheres com média de idade de ± 55,3 anos, 38,8% dessas mulheres foram classificadas com risco cardiovascular indicado pela circunferência da cintura, considerando o valor ≥ 88cm para risco cardiovascular. Houve uma relação positiva moderada e significativa entre o TC6M e LoogCCL te. (r= 0,488; p=0,04) e uma associação negativa moderada e significativa entre a CC e o LoogCCL (r= -0,598; p=0,009). Os resultados obtidos indicam a importância de políticas públicas voltadas para indivíduos sob risco cardiovascular e comprometimento do desempenho cognitivo e programas sociais que incentivem a atividade física para tratamento e prevenção dessas doenças. Além disso, os resultados também demonstram a importância e necessidade de mais estudos que sejam capazes de compreender e minimizar o comprometimento cognitivo.