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Aortopatia genética – A importância atual da realização de testes para diagnóstico e seguimento

Guilherme Oliveira Araújo, Alan Silva Martins, Guilherme Moreira Magnavita, Herico José Pinto Blaschi Neto, José Roberto de Oliveira Silva Filho, Tatiana de Carvalho Andreucci Torres Leal, Alexandre de Matos Soeiro
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL, HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA - - SP - BRASIL

Introdução: O reconhecimento dos fatores de risco para aortopatias é imprescindível. Atualmente, com o crescimento da medicina de precisão, o teste genético tornou-se uma ferramenta valiosa para o diagnóstico, tratamento e aconselhamento desta patologia. Relato do Caso: Indivíduo de 58 anos, sexo masculino, em acompanhamento regular com cardiologista devido histórico significativo de acometimento vascular com dissecção de artéria mesentérica superior e aorta abdominal em momentos diferentes. Retorna em consulta ambulatorial com  angiotomografia de aorta torácica evidenciando tortuosidade e kinking do segmento cervical médio das artérias  carótidas internas, destacando-se ectasia fusiforme focal no segmento cervical médio à direita, com pequeno “flap” intimal, podendo estar relacionado à sequela de dissecção, aneurisma de coronária (Dg e ACD) e aneurisma de aorta ascendente de 42 mm. Devido a aortopatia precoce, associada a outros sítios acometidos por ectasia/dissecção, foi solicitado teste genético para auxiliar na investigação, com resultado positivo para o gene MYLK, regulador da interação actina-miosina, e sua mutação aumenta o risco de dissecção arterial. Optado por manter seguimento com imagens periódicas e realizar teste genético nos irmãos, além de programar abordagem cirúrgica de aorta ascendente com 45 mm.  Discussão: As aortopatias hereditárias podem ser divididas em 2 grupos: Aortopatias Sindrômicas, que são acompanhadas de características fenotípicas externas (Síndrome de Marfan, Loeys-Dietz e Ehler-Danlos) e Não-Sindrômicas, que estão restritas ao sistema cardiovascular, incluindo Aneurisma e Dissecção de Aorta Ascendente Familiar e Valva Aórtica Bicúspide, associada Aneurisma de Aorta Ascendente. Diversas mutações foram descritas: genes relacionados a sinalização do TGFB (TGFBR1, TGFBR2, TGFB2, SMAD3), a estrutura e integridade da matriz extracelular da parede da aorta (FBN1), função das células musculares lisas (ACTA2, MYH11, MYLK) e relacionados a proteína cinase  dependente de GMPc (PRKG1). Conclusão: Com o desenvolvimento da medicina de precisão, o rastreamento genético tornou-se uma ferramenta importante, não apenas para o caso índice, como também para os familiares, permitindo o diagnóstico precoce, e, quando indicado, a abordagem cirúrgica eletiva, fora do contexto de agudização. 

 
 
 

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