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Prevalência de hipertensão arterial em pacientes com apneia obstrutiva do sono

RENAN SEGALLA GUERRA, Pablo de Oliveira Antunes, Stefany Casarin Moura, Murillo de Oliveira Antunes
Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus - Bragança Paulista - São Paulo - Brasil

Introdução: A apneia obstrutiva do sono (AOS) é um distúrbio caracterizado por recorrentes episódios de interrupção da respiração durante o sono com duração ≥ 10 segundos associado com a dessaturação de oxigênio ≥ 3%   acompanhado de um esforço respiratório contínuo, devido a um colapso, parcial ou total, das vias aéreas superiores, provocando aumento da pressão negativa intratorácica. AOS é caracterizada quando o paciente apresenta durante o sono um índice de apneia-hipopneia (IAH) ≥ 5 eventos hora/sono. AOS desencadeia alterações no sistema nervoso autônomo, caracterizando-se pela hiperativação do sistema nervoso simpático e aumentando do risco de doenças cardiovasculares como a hipertensão arterial (HAS). Objetivo: Avaliar a prevalência de HAS em voluntários com AOS e a influência da gravidade sobre os desfechos das doenças cardiovasculares. Método: De julho de 2022 a janeiro de 2023, 130 pacientes com queixas de transtornos do sono, de ambos os sexos, com idade entre 30 a 85 anos, foram submetidos a polissonografia IV realizada com o oxímetro de alta resolução (Biologix) para avaliação do índice de dessaturação de oxigênio (IDO). Os resultados estão expressos em valores relativos (%). A análise estatística foi realizada através do teste chi-quadrado (X2) independente para comparação entre os voluntários sem AOS (IDO < 5) e voluntários com AOS de classificação leve (IDO > 5 e < 15 eventos/hora), moderado (IDO ≥ 15 e < 30 eventos/hora) e grave (IDO ≥ 30 eventos/hora) na prevalência de HAS e associação entre HAS e AOS. A prevalência dos grupos está expresso em valores percentuais (%). Resultados: Indivíduos sem AOS apresentou menor prevalência de hipertensão arterial em comparação a indivíduos com AOS leve, moderada e grave (39% vs. 55%, 55% e 79%, respectivamente, p<0,05). Os pacientes com AOS grave apresentaram prevalência superior de HAS em comparação a indivíduos com AOS leve e moderada (79% vs. 55% e 55%, respectivamente, p<0,05) assim como maior associação entre pacientes com AOS grave e HAS (p<0,05). Ao analisar a diferença de sexo, foi observado que pacientes com AOS grave do sexo masculino apresentaram maior prevalência e associação de HAS em comparação as mulheres (p<0,05). Conclusão: Pacientes com AOS apresentam maior prevalência de HAS, principalmente aqueles com AOS grave. Pacientes do sexo masculino apresentaram maior prevalência e associação com AOS grave.    

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