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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

AVALIAÇÃO DE DESFECHOS INTRA-HOSPITALARES EM CIRURGIAS COMBINADAS DE TROCA VALVAR E REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA

Nemoto RP, Azevedo, AF, Esmeraldino, LB, Accorsi, TAD, Ribeiro, HB, Tarasoutchi, F
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

 

Introdução: A cirurgia combinada de troca valvar e revascularização miocárdica é relacionada a maior risco em relação a somente um dos procedimentos isolados. Contudo, para uma mesma faixa de risco cirúrgico, não é claro se há diferença entre métricas de desfechos intra-hospitalares em relação ao tipo de válvula abordada. O objetivo desse estudo é avaliar desfechos intra-hospitalares dentre as diferentes cirurgias combinadas valvares. Métodos: Estudo unicêntrico, avaliados 82 pacientes consecutivos de forma retrospectiva por análise de prontuário, que foram submetidos a cirurgia combinada de troca valvar e revascularização miocárdica entre 2019 e 2022. O risco cirúrgico foi avaliado através do Euroscore II. Parâmetros de desfechos intra-hospitalares foram avaliados de acordo com a valvopatia de base – Insuficiência Mitral (IMi), estenose aórtica (EAo), insuficiência aórtica (IAo) e estenose mitral (EMi). Não houve pacientes com mais de uma troca valvar por cirurgia. Lesões coronarianas importantes foram consideradas quando ≥50% em tronco de coronária esquerda (TCE) e ≥70% nas demais coronárias epicárdicas. Resultados: Operados 23 pacientes com IMi, 46 com EAo, 8 com IAo e 6 com EMi, a mediana de Euroscore II foi 2 (0,8;11,2), 1,9 (0,7;6,8), 1,3 (0,9;6,1) e 1,7 (1,3;7,3) respectivamente. Lesão importante de descendente anterior em 91,3%, 71,1%, 66,7 e 83,3%; circunflexa em 59,1%, 35,6%, 50% e 33,3%; coronária direita em 72,2%, 64,4%, 33,3% e 33% respectivamente, lesão de TCE em 27,3% do grupo IMi e 24,4% EAo. Disfunção ventricular moderada ou importante foi evidenciada em somente 3 pacientes (3,9%). Do total, 14% possuía histórico de angioplastia, e somente 6 pacientes haviam realizado cirurgia valvar. Doença renal crônica foi evidenciada em 17,4% do grupo IMi e 8,5% do grupo EAo.  A mortalidade intraoperatória foi baixa, com 1 paciente nos grupos IMi e EAo e 2 no grupo EMi (p=0,79). Em relação a hemodiálise, foi necessária em 2 pacientes do grupo IMi, 5 do EAo e 7 do EMi (p=0,45). Transfusão de hemoderivados foi necessária em 56,5% do grupo IMi, 41,3% EAo, 37,5% IAo e 16,7% EMi. Reoperação ocorreu em 8,7%, 6,5%, 12,5% e 33,3% respectivamente; arritmias em 40,9%, 28,3%, 37,5% e 50% (p=0,60) respectivamente. Acidente vascular encefálico isquêmico acometeu 3 pacientes do grupo EAo, tamponamento 2 pacientes. Conclusão: Nessa coorte, a cirurgia combinada apresentou baixa mortalidade, e não houve diferença dos parâmetros avaliados em relação ao tipo de valvopatia apresentada, mesmo com os grupos IMi e EAo apresentando lesões coronarianas mais severas. 

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