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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) DO BRASIL DE 2010 A 2022

Carolina de Oliveira Montenegro, Ana Karyn Ehrenfried de Freitas, Ana Paula Konig da Nobrega, Gustavo Martini Buso
Hospital Santa Casa de Curitiba - Curitiba - Paraná - Brasil

Introdução: O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é uma doença de alto impacto na saúde global, sendo definido como uma lesão aguda do músculo cardíaco em um contexto clínico de isquemia miocárdica. Apresenta grande influência na vida da população, além de impactar nos sistemas de saúde, previdência social e mercado de trabalho. Objetivo: Analisar, através de dados históricos, as internações hospitalares por IAM no Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil no período de janeiro de 2010 a outubro de 2022. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, utilizando dados secundários do DataSUS. Foram analisados o número de internações, média de permanência hospitalar, óbitos e taxa de mortalidade. Os dados foram estratificados conforme o sexo e a faixa etária. Também foi realizada uma análise de série temporal interrompida (STI) para avaliar o impacto da pandemia pela COVID-19, utilizando o método ARIMA e o modelo de regressão geral. Resultados: Foram registradas 1.400.713 internações e 152.411 óbitos por IAM no período avaliado, com média de permanência de 6,8 dias e taxa de mortalidade média de 10,62%. A faixa etária mais acometida foi a de 60 a 69 anos (420.568). Os indivíduos de 50 anos ou mais representaram 85,51% das internações, enquanto os de 20 a 49 anos representaram 14,49%. A taxa de mortalidade em idosos foi significativamente maior (25,53% na população com 80 anos ou mais). Embora os homens tenham sido responsáveis pela maioria das internações, foram as mulheres que apresentaram maior taxa de mortalidade. A análise de STI evidenciou que não houve significância estatística nas mudanças de tendência de internações, óbitos e taxa de mortalidade entre os meses anteriores e posteriores ao início da COVID-19 no Brasil. Apenas a média de permanência apresentou mudança de inclinação significativa (p = 0,004). Conclusão: Embora esteja ocorrendo aumento de internações por IAM nos últimos anos, a taxa de mortalidade está reduzindo. A média de permanência, em geral, vem apresentando estabilidade. Quando comparamos o período anterior e posterior ao início da pandemia pela COVID-19 no Brasil, a mudança de tendência não foi significativa para quase todas as variáveis, exceto para a variável média de permanência.

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