Contextualização: Mesmo em indivíduos com leves sintomas agudos, a COVID-19 induz a diversas alterações cardiovasculares e os mecanismos pelos quais tais alterações acontecem ainda não são claramente compreendidos. Assim, a avaliação das respostas do comportamento da frequência cardíaca (FC), por exemplo, constituem-se uma medida de avaliação importante do desempenho da capacidade de exercício e do sistema autonômico cardíaco nesta população. Objetivo: Avaliar o comportamento da cinética da FC durante exercício submáximo em pacientes acometidos pela COVID-19. Métodos: 48 indivíduos (24 do grupo controle [GC]; 24 do grupo COVID [G-COVID]), de ambos os sexos, foram avaliados e submetidos à realização do teste de caminhada de seis minutos (TC6). Durante o exercício, a FC foi constantemente monitorada, por meio de um cardiofrequencímetro polar H10 e, em seguida, os dados foram exportados e analisados no software CardioKin 1.2, seguindo os parâmetros calculados por um programa certificado pelo LabVIEW, que obedece ao padrão de Levenberg-Marquardt. Foi aceito como diferença estatística p <0.05. Resultados: Não houve diferença na distância percorrida entre os dois grupos. No entanto, O G-COVID apresentou maiores valores de τ (4,23 vs. 3,46, p=0.04), que o grupo controle, refletindo, assim, resposta mais lentificada aos estímulos impostos. Conclusão: Mesmo na COVID-19 com sintomas leves, repercussões cardiovasculares importantes comprometimentos do sistema autonômico cardíaco durante exercício submáximo, mesmo que à capacidade funcional não estejam alteradas. Essas repercussões podem fazer entender alterações persistentes como fadiga e déficits autonômicos em repouso e durante exercício incremental.