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Disfunção de bioprótese mitral por leak paravalvar com evolução catastrófica

Ana Carolina Furlan Galuban, Carolina Pires, Claudia Cossio, Maria Emilia Denapoli, Jorge Koroishi, Jairo Pinheiro, Victor Galoro, Ana Carolina Casmalla, Stevan Martins, Frederico Mendonça
HOSPITAL DO CORAÇÃO - - SP - BRASIL

Introdução: 

O leak paravalvar é uma complicação que pode ocorrer após a cirurgia de troca valvar. E cerca de 3% dos pacientes desenvolvem alguma complicação grave necessitando de algum tipo de intervenção. Descrevemos um caso com evolução catastrófica de leak paravalvar.

 

Relato de caso: 

 Paciente C.B., 54 anos, masculino, portador de doença valvar de origem reumática com 2 abordagens cirúrgicas prévias para realização de dupla troca valvar, mitral e aórtica, com próteses biológicas.

 Procura atendimento, com queixa de tosse e dispneia, e iniciado tratamento ambulatorial com antibioticoterapia (ATB)para infecção respiratória não complicada. Após 5 dias, retorna com piora dos sintomas respiratórios. Tomografia de tórax sugerindo hipótese diagnóstica de pneumonia em organização com bronquiolite obliterante (BOOP), portanto permaneceu internado em leito de UTI para manejo ventilatório, uso de ATB e corticoterapia. Na ocasião paciente relatou realização prévia de procedimento dentário sem a realização de profilaxia, e no ecocardiograma transtorácico apresentou disfunção de bioprótese mitral tipo estenose com gradiente diastólico médio (GD) de 11 mmHg e insuficiência central moderada que não estava presente em um exame de controle de 3 meses antes. Além de disfunção tipo estenose discreta de bioprótese aórtica. Devido a isso foi realizado um ecocardiograma transesofágico(ETE) que evidenciou bioprótese mitral com GD de 9 mmHg e uma descontinuidade periprotética entre 2 e 3 horas, com refluxo excêntrico moderado a importante. Evoluiu com melhora clínica e em discussão com equipe de infectologia, mantido antibioticoterapia por 6 semanas considerando o diagnóstico presumido de endocardite infecciosa. Recebeu alta hospitalar em boas condições clínicas para término de ATB e posterior reavaliação da disfunção protética.

 Uma semana após a alta, retorna ao hospital com piora de classe funcional. Realizou novo ETE que apresentou piora da descontinuidade periprotética entre 2 e 5 horas, com refluxo excêntrico importante e rocking motion da bioprótese. 

Pela evolução catastrófica com piora importante do leak periprotético e dos sintomas, paciente foi submetido a nova dupla troca valvar, com próteses metálicas. Procedimento realizado sem intercorrências, com boa evolução clínica no pós operatório.

 Conclusão:

Leak paravalvar pode ser um achado comum no pós operatório de cirurgia de troca valvar, e pequena porcentagem dos pacientes evolui com necessidade de abordagem. O ETE é o exame mais sensível na avaliação dessa complicação.

 

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