OBJETIVOS: Avaliar o perfil de mortalidade por doença cardíaca e renal hipertensiva utilizando a variável cor e escolaridade entre os anos de 2011 e 2020. MÉTODOS: Estudo quantitativo de caráter descritivo, cujos dados secundários foram obtidos por meio do Sistema Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde disponíveis no DATASUS/Tabet entre os dias 20 e 23 de fevereiro de 2023. Os dados foram inicialmente agrupados por cor e escolaridade no período de 2011 e 2020. O Software utilizado foi o BioEstat 5.3, tratados utilizando o método estatístico ANOVA dois critérios, permitindo avaliar comparativamente as macrorregiões brasileiras, utilizando a variável cor e escolaridade. Os dados foram descritos por meio de medidas de frequência simples e relativa. RESULTADOS: Cerca de 62.5% dos óbitos registrados nos últimos dez anos por doença cardíaca e renal hipertensiva na região Norte foram em pessoas pardas (p < 0.001; n=879) e sem nenhuma escolaridade (30.6%; n=431; p < 0.001). Nordeste registrou 58.5% (n=2.673; p <0.001) dos óbitos em pessoas pardas e 33.6% (n=1.536; p <0.001) em pessoas sem nenhuma escolaridade. A região Sudeste os óbitos se concentravam em pessoas que se autodeclararam brancas (58.9%; n=6.206; p < 0.001) e entre pessoas com escolaridade de 1 a 3 anos (28.1%; n=2.957; p <0.001). Houve maior predomínio de óbitos entre pessoas brancas (82.4%, n=3.292; p <0.001) no Sul e entre pessoas com escolaridade de 4 a 7 anos (p = 0.0121; 28.5%; n=1.140). A região Centro-Oeste acumula cerca de 45% (n=690; p = 0.0835) dos óbitos entre pessoas pardas quando comparado as pessoas que se autodeclararam da cor branca (40.0%; n=614), sendo mais frequentes entre pessoas sem nenhuma escolaridade (26.1%; n=400; p < 0.001). As regiões Norte (62.5%, n=879), Nordeste (58.5%, n=2.673), Centro-Oeste (45.0%, n=690) apresentam registros de óbitos maiores entre pessoas de cor parda, porém não houve diferença significativa estatisticamente quando as regiões são comparadas (p = 0.1067). O Sudeste assume como região que apresenta maior índice de óbitos por doença cardíaca e renal hipertensiva (47.8%; n=10.540; p <0.001) nos últimos dez anos. há com maior frequência óbitos entre pessoas com tempo médio de escolaridade entre 1 e 3 anos (26.8%; n=5.899; p <0.001), 4 e 7 anos (20.4%; n=4.505; p = 0.0070) e sem nenhuma (19.4%; n=4.272; p = 0.0106). CONCLUSÃO: Os óbitos com frequência são registrados em pessoas autodeclaradas pardas e entre aqueles sem nenhuma escolaridade e com tempo médio de estudo menor que sete anos.