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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Pesquisa de preditores independentes de teste ergométrico de mau prognóstico em pacientes com doença arterial coronariana sintomática

Thiago M B Souza, Thiago M B Souza, Clara S Figueiredo, Tainá T Viana, Eduardo Jorge G Oliveira , Miguel G Fernandez, Elias S Roseira, Lívia Maria G Lemos, Luiz C S Passos, Rodrigo M V Melo
Hospital Ana Nery - Salvador - Bahia - Brasil

Racional: o teste ergométrico (TE) tem papel definidor na estratificação prognóstica de pacientes com doença arterial coronariana (DAC). Não está claro, entretanto, quais variáveis clínicas estão associadas a um teste ergométrico de alto risco (TEAR). ObjetivoIdentificar características clínicas capazes de predizer, de maneira independente, um resultado de mau prognóstico ao teste ergométrico, em pacientes com doença arterial coronariana sintomática e de anatomia conhecida. Métodos: trata-se de análise exploratória secundária, envolvendo pacientes obrigatoriamente portadores de DAC obstrutiva (definida por lesão > 70% à cineangiocoronariografia) e que permanecem sintomáticos a despeito de terapia clínica em andamento. O desfecho foi teste ergométrico de alto risco (TEAR), definido por qualquer um de 7 critérios: incapacidade de executar 5 METs, (2) incapacidade de atingir 120 mmHg de pressão sistólica, (3) infradesnível de segmento ST de 2 mm ou mais, persistindo na recuperação, (4) hipotensão ao teste, (5) supradesnível de segmento ST e (7) taquicardia ventricular sustentada. Na primeira etapa, variáveis clínicas foram testadas de maneira univariada em sua associação com TEAR. Em segundo momento, variáveis relevantes foram levadas para ajuste multivariado em modelo de regressão logística. Resultados: foram selecionados 56 pacientes com DAC obstrutiva, dos quais 64,3% atenderam aos critérios para TEAR. A amostra foi predominantemente masculina (64,3%), com idade média de 62,1 ± 8,8 anos, com alta prevalência de comorbidades, como hipertensão (87,5%) e dislipidemia (85,7%). Diabetes apareceu em menor proporção, em 44,6%. A amostra foi marcada por pacientes com LDL fora do alvo terapêutico, com média de 88,6 ± 45,5 mg/dL, com 60,7% de doentes triarteriais. Artéria descendente anterior (DA) esteve acometida em 87,5%. Na etapa univariada, somente idade mais avançada esteve associada com TEAR (p = 0,003). Nenhuma das outras variáveis demonstrou associação, incluindo diabetes, infarto prévio, angioplastia coronariana prévia, anatomia triarterial e classe funcional CCS III ou IV. Conclusão: sugere-se que idade avançada prediz a ocorrência de resultados de mau prognóstico ao teste ergométrico em pacientes portadores de DAC obstrutiva sintomática. Essa capacidade independe de covariáveis clínicas e anatômicas, ainda que universalmente aceitas como marcadores de gravidade.

 

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