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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Existe uma variável independente para avaliação prognóstica em pacientes com miopericardites agudas submetidos à ressonância magnética?

Alexandre de Matos Soeiro, Débora Nakamura, Aline S. Bossa, Maria C. César, Guilherme Garcia, Rafael A. Fonseca, Fábio Fernandes, Cesar H. Nomura, Carlos E. Rochitte, Múcio T. de Oliveira Jr
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução: A identificação de marcadores prognósticos relacionados a ocorrência de eventos e recuperação da função ventricular pode ser importante em pacientes com miopericardite (MPA) aguda. Objetivos: Avaliar a possibilidade de uma variável independente da RMC estar relacionada a ocorrência de eventos combinados e ao incremento da fração de ejeção de ventrículo esquerdo (FEVE) em pacientes com MPA. Métodos:Os critérios de inclusão foram: dor torácica e/ou alterações eletrocardiográficas associadas à elevação de troponina (acima do percentil 99%) na ausência de estenose coronária (lesões < 50% no cateterismo, angiotomografia coronária ou ambos) e diagnóstico da MPA pela RMC cardíaca em < 48 horas da admissão, confirmado pela presença de edema e/ou realce tardio. Foram incluídos 102 pacientes com perda de seguimento de dois casos. Na avaliação final da ocorrência de eventos combinados (morte por todas as causas, insuficiência cardíaca e recorrência da MPA), após seguimento de até 24 meses, permaneceram 100 pacientes e na avaliação do incremento de FEVE (aumento > 5%) e 36 casos que foram reconvocados para realização de nova RMC entre 6 e 18 meses do evento inicial. Na avaliação de variável independente foram utilizadas FEVE, área de realce tardio, strain longitudinal de VE, realce tardio anterosseptal e presença de hipersinal de T2. Resultados: O seguimento médio dos pacientes foi 18,7 meses. A FEVE na RMC inicial manteve-se como única característica com associação significativa com eventos combinados (OR=0,919; CI: 0,863 – 0,979, p=0,009) e com incremento de FEVE evolutiva (OR=0,816; CI: 0,674 – 0,988, p=0,037). Adicionalmente, presença de hipersinal em T2 apresentou correlação com insuficiência cardíaca (OR=5,552; CI: 1,252 – 24,622, p=0,024) e área de realce cardíaco com recorrência da MPA (OR=0,197; CI: 0,053 – 0,736, p=0,016). Conclusão:Observou-se associação significativa entre eventos combinados no seguimento a longo prazo e incremento de FEVE evolutiva com FEVE inicial, mostrando-se essa a variável independente.

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