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Avaliação da acurácia do Escore Fisiológico Agudo Simplificado em pacientes admitidos em Unidades de Terapia Intensiva e Semi-intensiva Cardiológicas

Rosângela Aparecida Fraga de Oliveira, Naiara Lima Matos, José Henrique de Jesus Melo, Luciano Moreira Baracioli, Giuliano Generoso, Luciano Ferreira Drager, Roberta Saretta, Roberto Kalil Filho, André Franci
HOSPITAL SIRIO LIBANÊS - - SP - BRASIL

Introdução

Ferramentas para avaliação prognóstica de pacientes admitidos em unidades de terapia intensiva (UTIs) são amplamente empregadas em todo o mundo e são consideradas fundamentais para avaliar o desempenho das UTIs, monitorar sua evolução ao longo do tempo, orientar a gestão de recursos e melhorias de qualidade, além da possibilidade de benchmarking. O Escore Fisiológico Agudo Simplificado (SAPS 3) foi desenvolvido a partir de uma coorte multinacional e tem a sua acurácia validada em uma grande coorte de UTIs brasileiras. No entanto, a performance dos SAPS 3 em pacientes admitidos em UTIs e, principalmente, unidades semi-intensivas (USIs) cardiológicas é muito pouco explorada na literatura.

 

Métodos

Conduzimos uma análise retrospectiva de uma coorte que incluiu todos os pacientes admitidos entre os meses de abril e dezembro de 2022 nas UTIs e USIs cardiológicas de um hospital terciário privado no estado de São Paulo. O SAPS 3 foi calculado com dados do dia da admissão nas unidades para todos os pacientes. A acurácia preditiva do SAPS 3 para identificar os pacientes que evoluíram para óbito intra-hospitalar foi avaliada pela construção de uma curva ROC e a calibração pelo teste Hosmer-Lemeshow goodness-of-fit.

 

Resultados

Um total de 2.868 pacientes foram incluídos na análise, a mediana de idade foi de 73 (62 – 82) anos, mediana do SAPS 3 de 42 (34 – 50) pontos e 52% das admissões foram primariamente por causas cardiovasculares. A mortalidade intra-hospitalar entre os 1.822 pacientes internados em USIs e os 1.046 pacientes admitidos em UTIs cardiológicas foi de 1,8% (32 pacientes) e 6,2% (65 pacientes), respectivamente. A área sob a curva ROC foi de 0,87 para pacientes internados nas USIs e 0,89 para pacientes internados nas UTIs cardiológicas. A pontuação do SAPS3 que melhor discriminou os sobreviventes dos pacientes que evoluíram para óbito intra-hospitalar nas USIs e UTIs foi, respectivamente, de 54 (sensibilidade 69% e especificidade de 89%) e 51 (sensibilidade 82% e especificidade de 81%). A calibração pelo método Hosmer-Lemeshow mostrou X2 = 4,79 e p = 0,78.

 

Conclusão

O SAPS 3 apresenta uma alta acurácia prognóstica para pacientes internados em UTIs e USIs cardiológicas, onde a principal causa de internação são as doenças cardiovasculares. A capacidade do SAPS 3 em identificar pacientes de maior risco pode ser de grande utilidade na gestão das unidades cardiológicas, auxiliando no direcionamento de recursos e cuidados mais intensivos nessa população.

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