Introdução: Segurança do Paciente para a Organização Mundial da Saúde (OMS) enfatiza a minimização de riscos de danos preveníveis(1), contudo há de se enfatizar que “sempre existirão riscos durante o processo assistencial a pacientes...mesmo quando se tem qualidade” (2). Observando-se a mobilização do paciente crítico sob suporte ventilatório invasivo, procedimento amplamente realizado pela equipe de enfermagem nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para a mudança de decúbito, banho, entre outros, pode gerar incidentes, entendendo-se existir um risco atribuído à ela (3). Objetivo: analisar os riscos referentes à mobilização de pacientes críticos em pós-operatório de cirúrgica cardíaca validados por enfermeiros intensivistas. Métodos: Estudo descritivo-exploratório e abordagem quantitativa que teve como base os riscos elencados (3) ao procedimento de mobilização validados em seu conteúdo por enfermeiros intensivistas, pós-graduados ou não; atuantes em UTI acima de dois anos, seja na assistência, docência e/ou gerência e participantes de grupo da Associação Brasileira de Enfermagem em terapia Intensiva (ABENTI) em aplicativo de mensagens espontâneas. Os dados por meio de registro frente à leitura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) disponibilizado no link do questionário, contendo ainda o instrumento Avaliação do Procedimento de Mobilização do Paciente Crítico(3) e, em seguida, uma lista de riscos associados a ele. Usou-se o Delphi remoto como técnica para a obtenção do consenso e a validação de conteúdo dos itens por meio do cálculo do Índice de Validade de Conteúdo (IVC) (4). Os itens foram apreciados por meio de escala tipo Likert de quatro pontos, considerando-se a variação: 1 = Discordo totalmente até 4 = Concordo totalmente e mostrados sob estatística descritiva. O estudo está cadastrado sob o CAAE 13382519.8.0000.5285 e aprovado eticamente sob os pareceres de número 3.378.541 e 3.504.520, respectivamente. Resultados: Houve a participação de 23 enfermeiros especialistas formados, em média, há 15 anos; 34,8%(n=8) eram especialistas, 13% (n=3) eram mestres e 13% (n=3) eram doutores; 30,4% (n=7) atuavam na docência, 26,1% (n=6) na gerência e 43,5% (n=10) na assistência. Observa-se que todos os itens foram validados, sendo que cinco riscos tiveram IVC = 1.0 e todos os demais itens foram validados com IVC > 0.78. Conclusões: Observa-se que os enfermeiros participantes do estudo concordaram com os riscos relacionados ao procedimento de mobilização do paciente crítico. I
