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Correção Cirúrgica de Ruptura de septo interventricular e parede livre do ventrículo direito após IAM com Supra de ST Anterior e Angioplastia de Resgate Tardia

luhanda monti, Bruno Mahler Mioto, Luciana Oliveira Cascaes Dourado, Luís Henrique Wolff Gowdak, Miguel Antonio Moretti , Nilson Tavares Poppi, Luiz Antonio Machado César
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

 

Introdução: A ruptura de septo interventricular (RSIV) e a ruptura da parede livre do ventrículo direito (VD), são consequências devastadoras do infarto agudo do miocárdio com supradesnível do segmento ST (IAMCSST) com alto risco de óbito. Atualmente as terapias de reperfusão precoce reduziram a incidência dessas complicações. Todavia, o atraso da fibrinólise e da angioplastia, ainda persiste e são os principais preditores de complicação mecânica nessa população. Relato de Caso: Mulher, 63 anos, hipertensa e tabagista ativa. Admitida em hospital terciário no dia 05/08/2019 às 15h por IAMCSST anterior extenso trombolisado no dia 04/08/2019 às 7h ictus de 2 horas da dor, sem critérios de reperfusão. Evoluiu rapidamente com choque cardiogênico e taquicardia ventricular (TV) instável revertida com cardioversão elétrica (CVE) e infusão de lidocaína. Necessitou de intubação orotraqueal, inotrópico, vasopressor e balão intra-aórtico. Cateterismo cardíaco esquerdo (CATE): artéria descendente anterior proximal (ADA) ocluída. Submetida a angioplastia de resgate com stent farmacológico, fluxo TIMI 3. Ecocardiograma transtorácico: fração de ejeção do ventrículo esquerdo (VE) 35%, acinesia apical e segmento médio do septo; ruptura de septo interventricular em seu segmento apical de 4mm e gradiente VE-VD de 99mmhg; insuficiência mitral moderada. A equipe de cirurgia cardíaca foi acionada na emergência e corrigiu a RSIV com patch de pericárdio bovino. Após a saída de circulação extracorpórea (CEC) e revisão de hemostasia, houve ruptura de parede livre do VD próximo ao septo, que foi corrigida após nova entrada em CEC. As primeiras 72 horas do pós-operatório cursou com tempestade elétrica refratária a CVE, amiodarona e lidocaína em infusão, mas que cessou após a associaçãode magnésio. A FE após 30 dias do evento era de 37% com disfunção moderada do VD. A paciente segue assintomática do ponto de vista cardiovascular. Conclusão: As complicações mecânicas são passíveis de ocorrer na presença de reperfusão tardia, sendo mais frequentes nos IAMCSST anterior. Descrevemos o caso de uma paciente submetida à fibrinólise em tempo hábil, sem critérios de reperfusão, que sofreu as duas complicações mecânicas mais temidas do IAMCSST de forma concomitante, devido o atraso na angioplastia de resgate. No entanto, o diagnóstico precoce e a rápida correção cirúrgica, permitiram desfecho favorável.

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