Introdução: As cardiopatias congênitas são a maior causa de complicações cardíacas nos neonatos e lactentes exigindo assistência especializada durante a internação em Unidade Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Objetivo: Identificar o perfil sociodemográfico dos neonatos e lactentes menores de um ano e a assistência de enfermagem interdisciplinar entre enfermeiros na UTIN. Métodos: Estudo exploratório, descritivo, prospectivo, realizado em uma instituição pública de São Paulo. A amostra foi composta por neonatos e lactentes cardiopatas menores de um ano internados na UTIN. Foram coletados do prontuário: dados do parto, data de nascimento, tipo de cardiopatia congênita e perfil clínico. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa protocolo CAAEE: 62788122.2.0000.5462. Resultados Preliminares: Verificou-se que nove neonatos ou lactentes, com a idade média de 5 meses (12 dias a 11 meses), do sexo masculino (6;66,7%) de cor branca (7;77.8%), residentes em São Paulo tinham ao nascimento, a idade gestacional média de 38,5% semanas (35 a 40 semanas), sendo a termo (8;88,9%), nascido de parto vaginal (5;55.6%), Apgar variando de asfixia moderada a sem asfixia e peso entre 2525g a 3495g. Nelas, prevaleceram as cardiopatias congênitas cianóticas (8;36,36%), com indicação de cirurgia reparativa e correção ventricular (47,36%). As crianças mantiveram em média 8 dispositivos entre sondas, drenos e cateteres em seu pós-operatório. Conhecimentos sobre pré-natal, parto, nascimento e cardiopatias são imprescindíveis no plano assistencial ao binômio mãe-filho. Assim a interface interdisciplinar entre obstetrícia, neonatologia e cardiologia torna-se essencial para uma prática avançada em enfermagem em que o profissional desenvolve competências e habilidades para prestação de assistência integral no processo de saúde-doença, devido à complexidade e especificidade dos cuidados exigidos por portadores de cardiopatias congênitas em tratamento. Conclusão: A identificação preliminar do perfil clínico dos neonatos e lactentes com cardiopatia congênita, na maioria cianótica, a terapêutica cirúrgica e uso de dispositivos requer competências de práticas avançadas, integradas e humanizadas de enfermeiros atuantes em UTIN cardiológica. O diagnóstico precoce, intra útero poderia possibilitar a condução do parto sem risco de sofrimento fetal, bem como a evolução pós-parto de maior resolutividade com presença de profissionais para atendimento de neonatos cardiopatas, minimizando riscos de agravos e sequelas, bem como melhor condução terapêutica em instituição especializada.
