INTRODUÇÃO E/OU FUNDAMENTOS: Uma das emergências mais comuns na prática cardiológica são as bradiarritmias com necessidade de implante de marcapasso provisório (MP). Apesar disso, esse procedimento ainda é associado com uma alta taxa de complicações, como mal posicionamento do eletrodo, estímulo de músculo diafragma, perfuração de septo interventricular, de parede livre do ventrículo e tamponamento cardíaco. Assim, a utilização do USG beira leito, como guia para o rápido e correto posicionamento do eletrodo de marcapasso, tem sido utilizado em alguns centros, com sucesso progressivo conforme melhora na experiência da equipe. Desse modo, é imperativo avaliar as taxas de intercorrências entre os procedimentos Guiados e o às cegas. MÉTODOS: Foi realizado um estudo observacional retrospectivo em um único centro, com dois grupos, o primeiro guiado por ultrassom e outro às cegas. A escolha da técnica utilizada ficou à critério do profissional executante. A amostra foi composta de 60 pacientes internados, no período de agosto de 2020, sendo 28 guiados por ultrassom e 32 às cegas. RESULTADOS: No grupo às cegas, a taquicardia ventricular foi a mais frequente (6.3%), nesse grupo houve 01 caso de perfuração cardíaca e óbito. No tempo para impactação foi observada uma diferença estatisticamente significante (*p = 0.0044) entre os grupos avaliados. No grupo com ultrassonografia, a maior proporção dos pacientes obteve tempo de impactação abaixo de 1 minuto (35.7%). CONCLUSÃO: A estratégia de utilização da Ultrassonografia diminui a taxa de taquicardias ventriculares, além de reduzir substancialmente o tempo de impactação para menos de 1 minuto e zerando taxas de necessidade de transferência para hemodinâmica.