Introdução: A disfunção endotelial é um dos mecanismos fisiopatológicos centrais da doença arterial periférica (DAP). Assim, indivíduos com DAP apresentam diminuição da dilatação mediada por fluxo (FMD) e essa disfunção têm papel importante na intolerância ao esforço observada nessa doença. A caminhada é recomendada no tratamento da DAP por aumentar a capacidade de caminhada, sendo esperado que cada sessão caminhada promova melhora da FMD, o que foi investigado neste estudo. Métodos: 15 indivíduos com DAP (69,9±6,9) de ambos os sexos realizaram 2 sessões experimentais, realizadas em ordem aleatória: uma sessão de caminhada submáxima (esteira, 15 séries, 2:2 min ativo: repouso, intensidade moderada) e uma (repouso em pé na esteira por 60 min). Em cada sessão, a pressão arterial (PA - método auscultatório) e a FMD (ultrassonografia da artéria braquial) foram avaliadas antes e após as intervenções. Os dados foram analisados por ANOVAs de 2 fatores (sessão x tempo) para medidas repetidas, adotando-se p≤0,05. Resultados: A PA sistólica e média diminuíram significantemente na sessão de caminhada e aumentaram na sessão controle, enquanto a FMD aumentou apenas na sessão caminhada (PA sistólica = -7±4 vs +7±3 mmHg, pinteração=0,03; PA média = -4±1 vs +5±2, pinteração=0,02; e FMD = +1,3±0,2 vs -0,2±0,1%, pinteração=0,01, respectivamente). Conclusão: Uma sessão de caminhada moderada promove redução da PA e melhora da função endotelial pós-exercício em indivíduos com DAP.
Palavras-chave: Função vascular; claudicação intermitente; exercício físico; hipotensão pós-exercício.