SOCESP

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Perfil clínico e segurança precoce do TAVI e cirurgia de troca valvar aórtica: experiência de 5 anos em hospital terciário do SUS

Gabriel Prado Saad, José Henrique Hermann Delamain, Alberto Colella Cervone, Vítor Lorencini Belloti, Giullia S C C Perez, Auristela I O Ramos, Mario Issa, Fausto Feres, Dimytri Alexandre de Alvim Siqueira
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

 

Introdução: O implante transcateter de valva aórtica (TAVI) é opção de tratamento para pacientes (pts) idosos com estenose aórtica (EAo) e sintomáticos, de amplo espectro de risco cirúrgico. Apesar de realizado no Brasil há mais de 1 década, apenas recentemente o TAVI foi incorporado no SUS. Neste estudo, avaliamos o perfil de pts submetidos a cirurgia e TAVI em hospital terciário do SUS e os desfechos clínicos de segurança de ambos os procedimentos aos 30 dias. Métodos: Estudo retrospectivo, unicêntrico, com coleta de informações em base de dados própria. Selecionados todos os pts > 50 anos e portadores de EAo importante, consecutivamente submetidos a TAVI ou SAVR no período de 01/01/2018 a 31/12/22. Critérios de exclusão: pts submetidos a cirurgia de urgência, cirurgias combinadas (revascularização miocárdica, aorta ascendente ou outra valvopatia), pts com endocardite ativa e re-operações; excluídos casos de TAVI realizados por via não-femoral. Desfecho clínico de segurança definido conforme VARC-3, sendo composto por óbito, AVC, sangramentos VARC 3-4, complicação vascular ou cardíaca estrutural, insuficiência renal KDIGO >3, implante de marcapasso definitivo (MP), re-intervenção ou presença de insuficiência aórtica (IAo) > moderadaResultados: Incluídos 143 pts submetidos a TAVI e 181 a SAVR. Pts submetidos a TAVI eram mais idosos (77,8 ± 6,9 vs 65 ± 7,4 anos, p<0,001), com maior risco cirúrgico conforme STS (3,6 ± 2,2% vs 1,6 ± 0,9%, p<0,001) e mais comorbidades como AVC prévio (12,6% vs 4,4%, p=0,007) e doença renal crônica (24,5% vs 14,4%, p=0,02). Aos 30 dias, não foram observadas diferenças nos grupos TAVI e SAVR no que se refere às taxas de óbito cardiovascular (1,4% vs 3,9%, p=0,179), AVC (1,4% vs 3,3%, p=0,269) e necessidade de MP (4,9% vs 3,3%, p=0,472), respectivamente. A presença de IAo > moderada foi mais frequente após TAVI (6,3% vs 1,7%, p=0,028). O desfecho composto de segurança ocorreu em 32 (22,4%) pts submetidos a TAVI e em 61 (33,7%) pts submetidos a SAVR (p=0,25). O tempo médio de internação pós-TAVI foi inferior ao observado após SAVR (3,5 ± 4,6 vs 11,6 ± 12,8 dias, p< 0,001). Conclusão: Nesta série - que reflete o cenário atual em um hospital terciário do SUS -, o TAVI foi mais frequentemente indicado a pacientes octagenários, com mais comorbidades e com maior risco cirúrgico. A ocorrência de desfechos clínicos maiores como óbito e AVC foi similar entre os grupos. Contudo, a ocorrência do desfecho composto de segurança aos 30 dias foi inferior no grupo submetido a TAVI, com menor tempo de internação após o procedimento.

Realização e Secretaria Executiva

SOCESP

Parceria

Innovation Play

Organização Científica

SD Eventos

Agência Web

Inteligência Web
SOCESP

43º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo

08 a 10 de junho de 2023