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Dissecção de aorta tipo A de Stanford – Como estamos tratando e quais os fatores clínicos associados à maior risco de morte?

Pedro G M de Barros e Silva, Mireya R M Lazarte, André C Perez, Félix J A Ramires, Mucio T de Oliveira Jr, Vagner Madrini Jr, Gabriela N V Rodriguez, Maria Cristina Cesar, Andre L Ferreira, Alexandre de M Soeiro
Hospital Samaritano Paulista - São Paulo - SP - Brasil, INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

cção de aorta tipo A é uma doença de alta letalidade. A descrição do tratamento empregado no Brasil e a identificação de diferentes fatores relacionados à mortalidade torna-se importante nesse contexto. Metodos: Trata-se de estudo multicêntrico e prospectivo com o objetivo de avaliar características dos pacientes, tratamento e fatores relacionados à mortalidade em pacientes com dissecção aguda de aorta tipo A. Foram incluídos 94 pacientes com diagnóstico de dissecção aguda de aorta tipo A entre janeiro de 2.015 e dezembro de 2.022 e obtidos dados relacionados a características basais da população, apresentação clínica, status hemodinâmico, exames de imagem, medicamentos, tratamento adotado (cirúrgico versus clínico), tempo da admissão até a cirurgia e desfechos clínicos. Análise estatística: Comparações entre pacientes que morreram versus sobreviventes foram realizadas através de Q-quadrado e teste T. A análise multivariada dos fatores foi realizada por regressão logística, sendo considerado significativo p < 0,05. Resultados: Idade média de 59,4 anos e cerca de 55% eram do sexo masculino. Pressão arterial sistólica média foi de 133 mmHg, somente 20% dos pacientes apresentavam assimetria de pulso/pressão. Tempo médio de sintomas até admissão: 79,6 horas e mortalidade intrahospitalar de 39,7%.. Na comparação entre casos de óbito versus sobreviventes, observaram-se diferenças significativas em relação à idade (63,4 + 8,1 x 54,7 + 13,3, p = 0,027), diabetes mellitus (16,2% x 12,5%, p < 0,001), hipertensão arterial (89,1% x 64,3%, p = 0,007), evento aórtico prévio (0% x 7,1%, p < 0,001), dor torácica anterior (72,9% x 48,2%, p = 0,031), dor abdominal (37,8% x 10,7%, p = 0,002), síncope (8,1% x 5,4%, p = 0,002), uso de dobutamina (8,1% x 7,1%, p = 0,004) e uso de noradrenalina (32,4% x 12,5%, p = 0,011), respectivamente. Houve diferença em mortalidade de acordo com o tempo médio da chegada do paciente até a cirurgia (22,1 + 68,9 x 63,4 + 8,1, p = 0,037). Na análise multivariada permanecem como fatores prognósticos relacionados à mortalidade hipertensão (OR = 0,002; IC 0,001 – 0,848, p = 0,044), dor abdominal (OR = 0,005; IC 0,001 – 0,383, p = 0,016), idade (OR = 1,22; IC 1.023 – 1,456, p = 0,027) e intervalo de tempo até a cirurgia (OR = 0,984; IC 0,968 – 0,999, p = 0,046)Conclusões: Dissecção aguda de aorta ainda apresenta altos índices de mortalidade. Diferenças significativas entre pacientes que morreram e sobreviventes foram observadas nesse estudo relacionadas à hipertensão, dor abdominal, idade e intervalo de tempo até a cirurgia.

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