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Valve-in-valve tricúspide por acesso vascular alternativo

Pablo Santos Graffitti, Jose Delamain, Dimytri Alexandre Siqueira, Alberto Colella Cervone, Silvio Zampieri Ribeiro
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

Resumo: O valve-in-valve (VIV) tricúspide é uma opção terapêutica em pacientes com disfunção de bioprótese tricúspide. Realizado VIV transjugular com sucesso em paciente jovem, submetida a 2 cirurgias prévias e disfunção da bioprótese do tipo insuficiência. A escolha pelo método transcatéter deveu-se ao alto risco cirúrgico da paciente e aderência do ventrículo direito ao esterno.

Relato do caso: Paciente feminino, 33 anos,  história prévia de comissurotomia pulmonar no 1º ano de vida, com necessidade de nova cirurgia para troca valvar tricúspide por trauma torácico aos 15 anos de idade, com insuficiência tricúspide importante; na época optado por troca valvar com prótese biológica. Em consulta de julho de 2022 paciente apresentava dispneia que limitava as atividades laborais, anasarca e mal-estar geral. Ao exame físico, apresentava turgência jugular, ascite e edema de membros inferiores. Ecocardiograma transtorácico com complementação transesofágica demonstrou calcificação dos folhetos, determinando gradiente diastólico médio de 12 mmHg e refluxo importante por ruptura de folheto. Após discussão em Heart Team, foi considerada de alto risco para uma terceira cirurgia visto intensa aderência do esterno ao ventrículo direito à tomografia, sendo optado por intervenção percutânea com ViV tricúspide. A avaliação tomográfica revelava ainda aumento atrial direito importante, com angulação desfavorável entre a veia cava inferior e o anel da prótese cirúrgica, o antecipava dificuldades na abordagem femoral, sendo optado por utilização de via alternativa através da veia jugular direita. Pelo curto trajeto entre o ponto de punção e o anel tricúspide, optou-se pela utilização de prótese balão expansível (Sapien 3) com sistema transapical (Certitude), que possui menor comprimento. Utilizou-se prótese 29 mm em posição invertida.O procedimento realizado sob anestesia geral, com punção jugular guiada por ultrassom. Ao final do procedimento, verificou-se bom posicionamento da prótese, com expansão adequada, ausência de refluxo e gradiente médio de 3 mmHg. Recebeu alta 4 dias após o procedimento, assintomática do ponto de vista cardiovascular, com anticoagulação oral com NOAC.

Discussão: O ViV tricúspide constituiu tratamento menos invasivo e oportuno no caso relatado, sendo realizado com segurança e eficácia. A distorção anatômica provocada pela evolução da doença valvar não foi impeditivo para o implante de prótese trancateter, sendo utilizada via de acesso alternativa. A avaliação tomográfica revelou-se fundamental para o adequado planejamento técnico do procedimento.

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