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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Impacto da fibrilação atrial nos sintomas cardiovasculares de pacientes portadores de dispositivos cardíacos implantáveis e doença de Chagas.

Gabriela Menichelli Medeiros Coelho, Rhanniel Theodorus Helhyas Oliveira Shilva Gomes Villar, Carlos Arthur Hansel Diniz Da Costa, Enia Lucia Coutinho , Claudio Cirenza, Angelo Amato Vincenzo de Paola
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - BRASIL

Introdução: Em pacientes com doença de Chagas (DC), a fibrilação atrial (FA) é a arritmia supraventricular sustentada mais frequente, mas sua prevalência e impacto em relação aos sintomas ainda não estão completamente esclarecidos. Objetivo: avaliar a prevalência de sintomas cardiovasculares em pacientes com DC portadores de dispositivos cardíacos implantáveis (DCI) com e sem FA. Metodologia: estudo longitudinal prospectivo, com pacientes atendidos de setembro de 2022 a março de 2023, no ambulatório de DCI de serviço de eletrofisiologia, divididos em grupos com ou sem FA. Foram excluídos os que recusaram participação, diagnóstico de DC inconclusivo, insuficiência cardíaca descompensada e/ou refratária. Feita avaliação de sintomas por questionário próprio, telemetria e holter de 24 horas. Variáveis categóricas foram comparadas pelo teste de qui quadrado e as numéricas expressas em mediana. Resultados: avaliados 273 pacientes, sendo selecionados 35 com DC (12,8%); destes, 16 com FA (45,7% dos DC), sendo 75% destas paroxísticas. As principais indicações dos implantes foram: bloqueio atrioventricular total (25,7%), morte súbita abortada (20%) e taquicardia ventricular sustentada (22,8%). Os sintomas (dispneia, tontura, síncope e palpitação) estiveram presentes em  29/35 (82,8%) dos pacientes: 12/16 (75%)  dos pacientes com FA  e 17/19  (89,5%) dos pacientes sem  FA  (p> 0,05 - tabela 1).  Não houve correlação do relato de palpitações com os achados do Holter e telemetria em 10/16 (62,5%)  dos pacientes. Conclusões: 1) A FA esteve presente em 16/35 (45,7%) dos pacientes com DC e DCI. 2) A FA não teve impacto significativo nos sintomas desses pacientes. 3) As palpitações relatadas pelos pacientes não estavam correlacionadas com o registro de FA na população estudada. 

Tabela 1: características dos pacientes com e sem FA

 

Geral (N. 35)

FA (N. 16)

Sem FA (N. 19)

Idade (anos)

70,5

73

67

Marcapasso

18 (51,4%)

8 (50%)

10 (52,6%)

Cardiodesfibrilador

17 (48,5%)

8 (50%)

9 (47,3%)

Assintomáticos

6 (17%)

4 (25%)

2 (10,5%)

Dispneia

16 (45,7%)

6 (37,5%)

10 (52,6%)

Síncope

7 (20%)

4 (16%)

3 (15,78%)

Palpitação

16 (45,7%)

7 (43,7%)

9 (47,3%)

Tontura

20 (57,1%)

8 (50%)

12 (63,1%) 

 

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