INTRODUÇÃO: A insuficiência cardíaca (IC) é atualmente uma das principais doenças crônica progressiva que causa impacto direto na qualidade de vida (QV) dos pacientes, pois seu diagnóstico na maioria dos casos traduz em mudanças severas no estilo de vida que impulsionam a adesão ao tratamento farmacológico e não farmacológico da doença.
OBJETIVOS: Identificar os principais fatores relacionados com qualidade de vida dos pacientes com insuficiência cardíaca crônica (ICC).
METÓDOS: Estudo observacional transversal descritivo, em que foi aplicado o questionário de Minnesota Living With Heart Failure Questionnaire (MLWHFQ) para avaliação da qualidade de vida em 100 pacientes com diagnóstico de ICC, que estavam em acompanhamento ambulatorial em um serviço público especializado em cardiologia, na cidade de São Paulo no período de junho a outubro de 2021. Os dados foram tabulados e analisados pelos softwares: SPSS V20 e Minitab 16.
RESULTADOS: Ocorreu discreta predominância da população masculina (58%) sobre a população feminina (42%), entretanto tornou-se possível identificar pior QV em pacientes do sexo feminino em comparação ao sexo masculino. Entre as variáveis clinicas da IC 74 % dos pacientes apresentam classe funcional II onde evidenciou associação estatisticamente significativa entre maior classe funcional e pior QV dos pacientes avaliados. Quanto ao nível de conhecimento da doença foi possível estabelecer correlação entre pior QV e desconhecimento da fisiopatologia da ICC, observou-se também que 84% dos pacientes eram aderentes ao tratamento farmacológico e estes possuem uma maior QV quando comparados aos não aderentes. Dentre os cuidados não farmacológicos da IC destacam-se: a prática de atividade física, o controle de sódio e peso diário como um preditor da melhora da QV.
CONCLUSÃO: Fica evidente que a adesão ao tratamento farmacológico e não farmacológico é primordial para a melhora da qualidade de vida deste pacientes, assim como o conhecimento sobre a fisiopatologia da doença, demonstrando a importância das orientações e da equipe multidisciplinar no cuidado deste paciente, colaborando assim para uma maior adesão ao tratamento e melhora da QV.