Introdução
O transplante cardíaco (TxC) é uma opção terapêutica considerada em pacientes com insuficiência cardíaca avançada e refratária ao tratamento otimizado. No primeiro semestre de 2022, foram registradas 176 doações de coração para 32 centros espalhados pelo país. O paciente adolescente traz particularidades e uma fase da vida marcada pelo desejo de liberdade e independência, o adoecimento vem como um importante fator limitante, mesmo após a realização do transplante e re-inserção nas atividades diárias. Objetivo: Inserir a paciente como protagonista do seu próprio cuidado dentro do processo saúde-doença que envolve o TxC.
Método
Paciente feminina, 14 anos, previamente hígida e sem antecedentes familiares, internada em enfermaria pediátrica após o diagnóstico de miocardiopatia dilatada. Foi inserida na fila de TxC. Frente ao prognóstico, foram levantadas pela paciente, dúvidas sobre o adoecimento e o tratamento proposto. As questões foram resgatadas pela equipe de psicologia e enfermagem numa roda de conversa na qual estavam presentes a paciente e sua mãe e foram utilizados elementos lúdicos - bexigas de diferentes tamanhos, para elucidar o processo de adoecimento e ensinar a partir da perspectiva da paciente.
Resultados
A intervenção foi embasada no referencial teórico de David Ausubel, que valoriza o aprendizado prévio do cliente. Foi percebido um esclarecimento e um levantamento de indagações ainda mais direcionadas para o processo que envolve o TxC.
Conclusões
A intervenção obteve consonância com o registrado na literatura acerca da importância da educação em saúde que possibilita assistência com maior qualidade e coordenando seu próprio cuidado, ocupando um espaço independente no qual é estimulado seu protagonismo.
