Introdução: O envelhecimento está associado a alterações cardiovasculares e dentre elas há mudanças no controle autonômico cardíaco. Além disso, o aumento da expectativa de vida traz consigo o aumento de comorbidades, com perda progressiva de força muscular e funcionalidade resultando em aumento de hospitalizações, que por sua vez acentua a redução de função, força e independência. Objetivos: Avaliar o controle autonômico cardíaco, a força muscular periférica e independência para a prática de atividades de vida diária (AVD) de idosos hospitalizados e verificar correlação entre elas. Métodos: Estudo observacional, transversal, realizado na enfermaria de um hospital universitário. Incluídos idosos acima de 60 anos com cognição preservada pelo mini exame do estado mental e estáveis hemodinamicamente. Rebaixamento do nível de consciência, insuficiência respiratória aguda, sinais vitais instáveis, dispneia aos mínimos esforços e sepse, foram critérios de exclusão. Dados clínicos foram registrados e realizadas as avaliações: registros dos intervalos r-r para análise da variabilidade da frequência cardíaca (VFC), avaliação da independência pelo índice de Barthel e dinamometria de preensão palmar (FPP). Análise estatística: Utilizando o software SPSS (IBM SPSS Statistics, versão 20) foi aplicado o teste de Shapiro-Wilk, teste de Wilcoxon e de correlação de Spearman. Valores apresentados em média e desvio padrão, adotado um valor de p≤0,05. Resultados: 15 idosos (dados preliminares) com idade de 71,2 ± 7,43 anos (9 homens (60%) e 6 mulheres (40%)), com média do índice de Barthel de 59,33 ± 31,38, participaram até o momento do estudo. Os índices da VFC não apresentaram alteração significativa na transição entre a posição supina e sentado (SDNN p=0,97; RMSSD p=0,73; PNN50 p=0,72; LF p=0,24; HF p=0,27 e LF/HF p=0,47). A média da FPP (Kgf) no membro dominante (MD) foi de 23,84 ± 9,33 (74,59% do predito). Não foi encontrada correlação significativa dos índices de VFC com as demais variáveis. Conclusão: Os índices de VFC não apresentaram alteração significativa após a mudança postural. Foi encontrada reduzida força muscular periférica quando comparado ao valor predito para a idade, reduzida independência para AVD’s e não foram encontradas correlações estatisticamente significativas dos índices de VFC com valores de força e independência, provavelmente por ainda ser uma amostra parcial.
Palavras-chave: idosos hospitalizados, VFC, força muscular, capacidade funcional, independência.