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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Barreiras identificadas por pacientes com câncer para a prática do exercício durante o tratamento quimioterápico

KAIUS MUNHOZ DE PAULA, Luísa Medeiros Carsten, Juliano Luiz de Lima, Cleonice Gonçalves da Rosa, Tarso Waltrick, Natalia Veronez da Cunha
INSTITUTO DO CORAÇÃO DE LAGES - LAGES - SC - BRASIL, UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE - UNIPLAC - LAGES - SC - BRASIL

Introdução: O câncer e a doença cardiovascular são as principais causas de óbito no Brasil. Contudo, com os avanços nos tratamentos e na detecção precoce, o número de sobreviventes de câncer vem aumentando nos últimos anos. Estes pacientes apresentam risco cardiovascular aumentado, em parte pelos efeitos adversos do tratamento quimioterápico e radioterápico no sistema cardiovascular (cardiotoxicidade), como também pela sobreposição dos fatores de risco comuns a essas patologias, tais como, hipertensão, diabetes, dislipidemia, obesidade e sedentarismo. Diversas estratégias surgem para minimizar esse risco, incluindo o uso de medicamentos e mudanças nos protocolos de tratamento. O exercício físico tem sido estudado como ferramenta promissora na redução do risco cardiovascular de pacientes com câncer. Programas de exercícios supervisionados se mostram seguros e são capazes de melhorar capacidade cardiorrespiratória, qualidade de vida e tolerância ao tratamento do câncer, porém dados sobre as barreiras encontradas por esses pacientes para a prática de exercícios são escassos. Objetivo: Identificar as barreiras para a realização de exercícios físicos nos pacientes com câncer durante o tratamento de quimioterapia. Métodos: Trata-se de estudo transversal, realizado com 22 pacientes portadores de câncer em tratamento quimioterápico. Foram aplicados dois instrumentos, um para conhecer o perfil sociodemográfico e estilo de vida e um para identificar as barreiras para a realização de exercícios. Resultados: A maioria dos participantes apresentavam câncer de mama (36,4%), são do sexo feminino (63,6%), com idade média de 58±16 anos, etnia branca (68,2%), casados ou em união estável (81,8%), aposentados (68,2%), com ensino fundamental incompleto (59,1%) e renda de até um salário mínimo (636,6%). 86,4% relataram não fazer exercício físico e ingerem 1±0,8 litros de água por dia. Metade dos participantes não fumam e 81,8% apresentam alguma comorbidade, como hipertensão, diabetes e dislipidemia. Dentre as barreiras avaliadas, apenas o cansaço ou a preguiça foram apontados pela metade dos participantes. Ainda, a maioria relatou gostar de praticar exercício físico (86,4%), acreditam que a doença não atrapalha a prática de exercícios (59,1%) e  apontam tempo livre para prática do mesmo (59,1%).  Conclusão: A única barreira ao exercício durante o tratamento foi o cansaço ou a preguiça. Apesar de gostarem de praticar exercícios físicos e terem tempo para isso, não os realizam. Estratégias para aumentar a adesão ao exercício e o engajamento nessa população se faz necessário.

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