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Estimulação cardíaca artificial por marcapasso intracardíaco sem eletrodos: Leadless pacemaker.

CARLOS EDUARDO DUARTE, Vasconcelos JTM, Jesus, LD, Rodrigues, FM, Chiarini, R, Slella, FAM, Galvão, SS
HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA - - SP - BRASIL, C.A.R.E - Centro Avançado de Ritmologia e Eletrofisiologia de São Paulo - São Paulo - SP - Brasil

Introdução: Os cabos-eletrodos estão associados as maiores taxas de complicações do sistema de estimulação cardíaca artificial. Dispositivos miniaturizados com implantes diretos ao miocárdio são almejados há mais de meio século e ultimamente disponíveis. Pacientes sem acesso vascular, submetidos à extração de cabos eletrodos ou com alto risco infecções relacionadas ao dispositivo tradicional tem sido os maiores beneficiários desta nova técnica. Uma experiência nacional ainda não foi reportada. Objetivo: Avaliar a exequibilidade e descrição dos limiares de sensibilidade e comando e os efeitos na ativação ventricular avaliados pelo eletrocardiograma de 12 derivações. Métodos: Estudo transversal realizado entre novembro de 2021 e fevereiro de 2023. Foram 8 indivíduos submetidos ao implante dos quais foram incluídos os 6 pacientes com seguimento maior de 3 meses. Os ECGs e as telemetrias são realizadas a cada trimestre e foram analisadas as obtidas no dia do implante e na última consulta ambulatorial realizada. As variáveis foram analisadas descritivamente e para comparação dos grupos foi utilizado nível de significância de 5%. Resultados: A idade média foi de 61,2 ± 13,6 anos, 62,5% do sexo masculino e 4 indivíduos (66,6%) eram portadores de fibrilação atrial de alta resposta dos quais todos foram submetidos a ablação do nó atrioventricular no mesmo procedimento resultando em dependência de estimulação artificial. A largura do QRS, amplitude da onda R e limiar de comando iniciais foram respectivamente de 115,8 ± 21,4 ms, 15,5 ± 4,6 mV e 0,4 ± 0,1V com 0,24 ms. O seguimento médio foi de 240,3 ± 69,9 (128-323) dias. A duração do QRS, onda R e limiar final foram 157,3 ± 16,3 ms (P<0,05), 17,5±3,6 mV e 0,4 ± 0,1 com 0,24ms. A fração de ejeção (FE) pré 56,016,8% e pós 56,2±12,4% não foi diferente (P>0,05). Todos procedimentos foram realizados com dispositivos implantados no septo interventricular com sucesso e 1 paciente apresentou hematoma inguinal sem necessidade de intervenção cirúrgica. Conclusão: A experiência inicial no implante de marcapasso sem eletrodos foi exequível, sem complicações maiores com sensibilidade e limiares de comando estáveis ao longo do tempo. A despeito de da largura do QRS ter se mostrado maior não houve diferença estrutural até o seguimento analisado. 

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08 a 10 de junho de 2023