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TRATAMENTO CIRÚRGICO NA SÍNDROME DO ROUBO CORONÁRIO-SUBLÁVIO

Amanda Baptistella, Maria Julia Silveira Passerini, Mônica Martins Kortz Toledo, Rafael Baptistella, Paola Kelen Pereira, Ian Henrique da Silva Pereira, Amanda Bishop Perseguim, Tiago Seiki Gushiken Petrucci, Ana Carolina C Junqueira Emboaba , Otacílio de Camargo Junior
PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS – PUCAMP - - SP - BRASIL, HOSPITAL PUC-CAMPINAS - CAMPINAS - São Paulo - Brasil

Introdução: A síndrome do roubo coronário-subclávio (SRCS) é uma complicação rara da cirurgia de revascularização miocárdica com uso de enxerto da artéria mamária interna (AMI). Sua fisiopatologia envolve estenose da artéria subclávia (ASC), geralmente no terço proximal, levando a um fluxo sanguíneo retrogrado através da AMI, que se desvia do território coronário, podendo levar à isquemia miocárdica. Com incidência de 0,07% a 3,4% sua etiologia mais comum é aterosclerose e o paciente se apresenta, classicamente, com angina pectoris. O diagnóstico pode ser confirmado com ultrassonografia com Doppler, tomografia e ressonância magnética, mas a arteriografia é o padrão ouro.

Relato dos casos: Caso 1: Paciente masculino, 67 anos, submetido à revascularização miocárdica com ponte de AMI, evoluiu com angina estável em membro superior esquerdo durante realização de exercícios físicos. Internado eletivamente para realização de cateterismo coronário, com bom resultado dos enxertos, porém com roubo de fluxo e lesão importante da ASC esquerda em terço proximal (cerca de 95%), antes da origem do enxerto da mamária. Optado por tratamento endovascular da estenose de ASC esquerda. Caso 2: Paciente masculino, 70 anos, com queixa de tontura e parestesia em membro superior esquerdo, antecedente pessoal de hipertensão, dislipidemia, endarterectomia carotídea bilateral, AVC isquêmico com sequelas e revascularização miocárdica com ponte de AMI há 8 anos. Cateterismo coronário revelou estenose grave da ASC e roubo de fluxo coronário. Optado por tratamento endovascular, com angioplastia de ASC esquerda e colocação de stent. Os dois pacientes evoluíram sem intercorrências.

Discussão: O tratamento clássico é a revascularização cirúrgica, sendo que o mais utilizado é a derivação carotídeo-subclávia. A mortalidade é de 5% e as taxas de complicação variam de 5 a 23%. Recentemente, o tratamento endovascular passou a ser uma alternativa no manejo da SRCS, especialmente pelo seu menor número de complicações, além de ter como vantagens ser pouco invasivo, evitar a anestesia geral, menor morbidade e mortalidade, bons resultados a curto prazo, menor tempo de internação, bem como taxas de patência em cinco anos superiores a 90%. O tratamento endovascular da SRCS é uma alternativa terapêutica nos pacientes com revascularização miocárdica. 

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