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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Utilização de inibidores de SGLT2 em pacientes incluídos em um Protocolo de Insuficiência Cardíaca Crônica

Patricia Carvalho Baruel Okumura, Ana Luiza Pelissari Pessanha de Paula Soares, Bruna Diniz de Lima
HOSPITAL SIRIO LIBANÊS - - SP - BRASIL

Introdução: Os benefícios do uso dos inibidores de SGLT2 (iSGLT2) no tratamento farmacológico da Insuficiência Cardíaca (IC), independente dos pacientes serem portadores de diabetes melitos, tem sido evidenciado em estudos recentes. A utilização dessa terapia otimizada vem resultando na redução de episódios de descompensação da doença e necessidade de internação hospitalar, bem como de mortes por causas cardiovasculares. Diretrizes brasileiras e demais guidelines internacionais incorporaram essa classe de medicamentos em suas atualizações, no entanto, sabe-se que após a inclusão das novas recomendações, é necessário um tempo para que sejam observadas mudanças na prática. Dessa forma, este trabalho teve como objetivo analisar a presença de iSGLT2 nas prescrições de pacientes internados e acompanhados pelo Protocolo de IC de um hospital filantrópico da cidade de São Paulo referência no atendimento desses pacientes.

Métodos: Trata-se de estudo retrospectivo e descritivo dos pacientes acompanhados pelo Protocolo de IC no período de 2020 a 2022 que tiveram prescrição de inibidores de SGLT2 durante a internação hospitalar. Os dados epidemiológicos e as informações referentes aos medicamentos, posologias e data da primeira prescrição foram coletados e tabulados em planilhas do Excel®.

Resultados: Dos pacientes acompanhados pelo protocolo IC, 98 receberam inibidores de SGLT2 em algum momento durante a internação hospitalar no período de 2020 a 2022, sendo inclusos neste estudo. A média da idade dos pacientes incluídos foi de 74,4 e 69 (70%) eram homens. No ano de 2020 foram observados 20 pacientes com prescrição de iSGLT2, em 2021 foram 33 pacientes e em 2022 foram 45 pacientes. Em relação ao medicamento utilizado, 54 (55,1 %) pacientes receberam dapagliflozina 10 mg, 12 (12,2 %) utilizaram empagliflozina 10 mg e 32 (32,6 %) receberam empagliflozina 25 mg.

Conclusões: Mesmo após a comprovação dos benefícios por meio de ensaios clínicos e a introdução dessa nova classe terapêutica às diretrizes brasileiras, guidelines internacionais e recomendações científicas, a utilização dos iSGLT2 no tratamento da IC ainda não se mostrou expressivo na prática clínica da instituição em que ocorreu o estudo.

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